sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Velho

É, mais um ano chega ao fim, um novo ano se aproxima. Retrospectivas começam a surgir por toda parte lembrando de tudo que aconteceu em 2010, e eu não vou repetir a mesma ladainha de que "...foi um ano bom, aconteceram muitas coisas boas, mas também foi um ano ruim, muitas pessoas morreram..." e blá.

Sempre é a mesma coisa, e o que muda? Muito pouco. 2011 está aí, e daí? Amanhã vai ser um dia como qualquer outro.

2010 foi um ano bom, um ano maravilhoso. Diversos acontecimentos me fizeram feliz, e é isso que eu vou lembrar desse ano: as coisas boas que aconteceram. Houveram acontecimentos tristes, sim, mas esses eu prefiro não lembrar. Esquecer.

Eu disse que voltaria aqui antes do Natal, mas não voltei.
Deixei de fazer algumas coisas que gostaria de ter feito e isso anda acontecendo com muita frequência pro meu gosto. Vou tentar mudar isso.

Quero mudar para melhor. Fazer a minha parte. As frases dizem que para mudar o mundo, devemos começar por nós mesmos. É isso que pretendo fazer, e deixo registrado aqui.

Já imagino como vai ser a virada de ano pra mim: família reunida na casa da Vó em Boa Vista do Buricá, sem champagne, com churrasco, com alegria e muitos sorrisos - sem graça nenhuma. Ié, devemos dar graças e agradecer por ter saúde e ter uma família... O que me deixa assim, meio 'grilado' (não encontrei termo melhor pra descrever) é que nada se alterou do ano passado pra esse ano. E eu queria algo mais esse ano. Torço pra que ano que vem seja diferente - e pretendo agir pra isso.


Ok, mudando de assunto e falando de músicas!

Aerocirco é o nome da banda!
Eu estava à procura de novas músicas para ouvir, novas melodias e canções.
Descobri o blog Indie Rocker e encontrei músicas interessantes:
- Wild Human Child, por Egyptian Hip Hop
- White Knuckles, por OK Go
- The Fixer, por Pearl Jam
- Underage, por The Hidden Cameras
- The Good Old Days, por The Lodger
- Ghost Pressure, por Wolf Parade

e descobri duas ótimas bandas: The Drums e Aerocirco.

Sobre "The Drums", que ouvi e gostei, deixo o comentário do blog Indie Rocker:
The Drums é um quarteto nova iorquino cujo som enquadra-se perfeitamente no post-punk. A banda está ativa desde 2006, mas apenas esse ano, em setembro passado, lançou seu primeiro álbum, auto-intitulado. E que disco! Recomendo ouvi-lo todo, pois acho difícil eleger uma favorita. A banda mixou e masterizou o disco de forma a dá-lo um ar oitentista como o das bandas inglesas da cena Madchester (The Stone Roses, Happy Mondays, Inspiral Carpets, The Charlatans…). O resultado é fenomenal, há tempos não via material tão bom.
No blog, há link para ouvir/baixar três músicas deles.

E sobre Aerocirco eu vou usar algumas palavras do blog, e completar com a minha opinião:
A banda, considerada pela revista Rolling Stone uma veterana no circuito independente brasileiro, já conta com 5 discos (link para o Indie Rocker), dos quais conheço bem 2:
Aerocirco (2003)
O Som das Paredes (2005)
Liquidificador (2007)
Ao Vivo na Célula (2008)
Invisivelmente (2010).
Ouvi também o álbum de estreia e embora tenha ouvido pouco, não me agradou tanto quanto os outros dois, como se a banda tivesse evoluído com o tempo. É uma banda de rock formada em Florianópolis, embora atualmente resida em São Paulo. Como eles mesmos dizem:
"[...] Podemos dizer que temos orgulho do que fizemos – do ponto de maturidade que as canções atingiram, com arranjos que as elevam ao invés de complicar, dinâmicas que inserem emoção à interpretação e letras que podem fazer quem as ouve refetir, mas, acima de tudo, se divertir. Sim, porque para nós nada seria válido se quem está ouvindo a música – seja num show, em casa, no carro, no trabalho ou no iPod – não se sinta melhor, mais leve, menos angustiado e, sobretudo, mais feliz. Com certeza, essas músicas fizeram e fazem isso por nós. Esperamos que façam também por vocês."
No blog Indie Rocker há link para baixar a música "Faz de Conta", presente no álbum Invisivelmente. Todos os álbuns estão disponíveis para download no site deles, na seção de Downloads, após um breve cadastro.


EDIT - 31/12, 11:09hs: Esqueci de comentar sobre uma nova banda velha que descobri (valeu, Nido!): RPM. O som deles é muito bom, rock com letras marcantes. Se equipara na qualidade às outras bandas citadas logo adiante, pena que a época deles tenha passado. Aconselho o álbum Acústico MTV (2002) por inteiro.


Encerrando então: Vera Loca, Pública, Cartolas e Aerocirco. Esses são os nomes do rock nacional, presente e futuro, pra mim. E não aquela porcaria de restart, cine, fiuk e o caralho-a-quatro. Espero ter outras boas surpresas no campo musical em 2011 também. Alguma outra dica? Deixe um comentário. Ah, pretendo comprar um teclado e aprender a tocar... Dicas? Deixe um comentário.


Muito obrigado a você que lê.
Obrigado a você que visita com frequência pra ler o que eu escrevo, e obrigado pela visita, caso essa seja sua primeira vez por aqui. Peço desculpas se algo não agradar, mas não deixe de voltar outra hora.
A outra parte do Conto, fica pra outra hora.

Um bom final de ano pra todos, boas festas, boas férias, aproveitem suas vidas e superstição é besteira. (Vejam a partir de 1:04 do vídeo)
Huashuashuashuas, "delírio total"...

Feliz Natal atrasado, Feliz Ano-Novo e um forte abraço!
Até a próxima!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Falando de Livros

Começando, vou falar sobre livros. Mais especificamente sobre a literatura brasileira.
Na verdade, vou me basear quase completamente sobre o post do Sedentário & Hiperativo sobre Literatura Popular Brasileira - ou como uma nova geração de escritores e leitores está revolucionando o mercado editorial.

Pra quem não leu, eu vou tentar 'resumir': o Raphael Draccon fala sobre como uma nova geração de escritores, leitores e blogueiros está mudando o mercado editorial para acabar com o pensamento errôneo que trata o livro como se fosse algo chato, lido por nerds e afins, e transformá-lo em algo prazeroso e popular.

Eu gostei do que ele escreveu e vou citar algumas partes:

"A coisa toda começou na escola.
É curioso que o local onde deveríamos aprender a gostar de ler seja o maior inimigo na formação de um leitor.
E os esforços para isso são altos: como se compartilhasse desse pensamento arcaico citado anteriormente, na escola os livros dados aos adolescentes não são livros de teor popular, que despertem naquele jovem o prazer e a paixão por mais daquilo.
O resultado são adolescentes lendo livros rebuscados, de linguagem arcaicas, que reproduzem dramas universais, mas em contextos tão fora da realidade deles, que a antipatia surge antes mesmo da chance.

...

O que assassina de vez qualquer [esperança da criação de novos leitores] é ... a cobrança de nota escolar. Uma das piores ideias que algum cidadão já teve foi a da chamada "prova de interpretação de texto". A parte da prova em que é preciso descobrir qual a interpretação daquele texto em questão que a pessoa que corrigirá a sua prova possui dele.
Agora, vamos imaginar um cenário diferente:
- Imagine um sistema escolar onde não exista prova nem notas para interpretações de textos ou história da literatura.
- Imagine uma aula em que a professora toda semana escolha um livro que os alunos quisessem de fato ler. Ou se não quisessem, que tivessem temas que ela soubesse que eles iriam gostar e ela própria contasse um pouco daquela história para lhes despertar curiosidade.
- E que na semana seguinte eles se sentassem em roda e começassem a debater, utilizando a professora como mediadora. Eles conversassem sobre os personagens, sobre determinadas atitudes, sobre o estilo da escrita, sobre o final. Mas sem obrigação de "certo" ou "errado". E sem a obrigação até mesmo de ter de dizer algo, se não fosse de sua vontade. Simplesmente com cada um tendo o seu direito a ponto de vista como nos comentários de um blog sem censura.
- E que acontecessem apresentações; montagens de trechos de cenas baseadas naqueles livros criadas e contadas por eles próprios.
- E que ao começar a rabiscar as próprias poesias e contos, eles se sentissem a vontade de ler para a própria turma e ver seu texto debatido depois.

Sabe o que eu veria de um futuro assim? Eu veria milhares de leitores sendo formados instantaneamente. Por prazer.
Eu vejo até mesmo alunos que diriam que nunca pegariam um livro, de repente querendo folheá-los em vez de buscar um search do resumo no Google, simplesmente para poderem participar do debate e não se sentirem deslocados.
Eu vejo aulas de literatura se tornando tão divertidas quanto as de educação sexual.
Eu vejo uma revolução cultural."


Ainda sobre o texto, essa revolução que ele cita se apóia em 3 pilares básicos:
1° - Os leitores - de uma nova geração, exigentes, que querem histórias bem escritas.
2° - Os blogs literários - onde essa nova geração cria suas próprias histórias, que acabam sendo compartilhadas e lidas por pessoas de quaisquer lugares (pilar esse no qual eu tenho o atrevimento de me inserir, com esse blog e as histórias que escrevo =] ).
3° - Os escritores. E para fazer essa geração atual ler foram preciso dois tipos de escritores: os que se adaptaram e os que vieram dela - da nova geração.

Era aqui que eu queria chegar. O fato de sempre preferirmos o que é estrangeiro, o que é de fora. Continuando:

"Aqui no Brasil, além daquela ideia de que jovem não lia, havia a de que ele rejeita a literatura nacional. Tomando como exemplo o caso do cinema. A rejeição não é à nacionalidade.
É ao padrão de qualidade a que ela se acostumou. E quando você dá a ela algo nacional com a mesma qualidade, ela se orgulha.
Ou alguém não adorou o estrago de um "Cidade de Deus" e um "Tropa de elite" por aí?
A literatura é o mesmo caso. Surgiram alguns escritores que já sabiam para quem escreviam e desprezavam a busca por reconhecimento intelectual da antiga elite, mas sim o reconhecimento do grande público para quem realmente lhes interessava ser lido.
E ao meterem o pé na porta, eles abrem caminho para diversos talentos que surgem todos os dias."

Termino esse post sobre livros citando dois autores. E da mesma maneira que ele disse, eu digo também: Esses caras sabem como escrever uma boa história.

Eduardo Spohr
Site: http://filosofianerd.blogspot.com/

Livro recomendado:
A Batalha do Apocalipse: Da Queda Dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo
Um trecho do livro pode ser lido aqui, na página de pré-venda da Edição Especial.
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Raphael Draccon
Site: http://www.raphaeldraccon.com/

Um conto do autor: Dias Estranhos
Livros recomendados:
Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas, volume 1
Dragões de Éter: Corações de Neve, volume 2
Dragões de Éter: Círculos de Chuva, volume 3
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E era isso. Não preciso nem dizer que qualquer um desses livros é um ÓTIMO presente de Natal. Ou ainda, não só de Natal, livros sempre são ótimos presentes em qualquer situação. Alô, Mãe! Já sabe agora... ;)

Você já leu algum desses livros? Já ouviu falar de algum desses autores, ou sabe de outro recomendado? Deixe seu comentário!
Em breve posto sobre músicas (adiantando um detalhe: a banda principal se chama Aerocirco).
Boa noite e até amanhã!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Em breve

Tenho conteúdo pra mais 3 posts ainda essa semana - não até amanhã, mas para os próximos 7 dias. Falta tirar um tempo pra escrever.

Um sobre livros, outro sobre músicas, e mais uma parte do Conto.

Só me resta uma prova, Arquitetura e Organização de Computadores II, quarta, dia 22.
Depois, bye Hellegrete! (Cada vez mais parecido com Hell mesmo, com esse calor...)

Antes do Natal eu apareço aqui novamente...
Um ótimo final de semana!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Livre

"Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade." Walt Disney

"


Era um grande campo, daqueles que dá vontade de sair correndo. De todos os lados não se via nada além do verde verdejante daqueles verdes campos. E o céu azul acima de sua cabeça. Começou a caminhar e subiu até o topo da colina mais próxima, sentindo se muito bem por estar num lugar tão belo.
Chegou no topo, e olhou ao redor e tudo continuava igual. Colinas e mais colinas, campos e mais campos, até a linha do horizonte. Tudo estava bem, não sentia fome nem sono naquele lugar. Era tranquilo, era bom, o ar era fresco, o céu era azul, enfim, estava perfeito.

Mas o que ela queria mesmo eram as montanhas.


(A história deveria terminar nesse ponto. Só pra explicar, caso a continuação não agrade: até esse ponto foi o que fiquei sabendo a princípio e pensei que era tudo. O resto eu fiquei sabendo mais tarde, e embora eu pudesse deixar sem escrever, decidi escrever tudo)

Então ela decidiu caminhar. Caminhar o quanto fosse preciso para chegar às montanhas.
E começou a caminhar. Não havia como saber se demorou ou não, pois não havia dia, não havia noite. Havia aquela mesma perfeição dos campos. Naquele lugar ela dava passos e mais passos em direção ao horizonte, sem parar. Depois de muitos passos naquela direção incerta, começou a notar uma certa diferença nos campos. As colinas eram cada vez mais escassas e a os campos tinham um tom levemente mais claro. E ela continuou caminhando, sempre feliz, contente, agradável.

Muitos passos além ela chegou.
Nas montanhas não. Na praia.


"

Uma pausa no Conto, que continuará a ser escrito nas férias.
Pra não deixar sem postar nada, uma outra história surgida num momento de muitas atividades. Reservei uma pequena parte do meu já curto tempo livre pra escrever e postar outra vez no blog.

Últimas semanas de aula, final de semestre, sabe como é... Os dias no calendário marcando Trabalho, trabalho, prova, trabalho, prova, trabalho, prova...

Como eu disse no twitter, estou pensando numa maneira de organizar minhas histórias. Coisa que irei fazer nas férias, facilitando o acesso a elas. Mais notícias em breve.
Como diria a Fernanda, do blog Filosofando: Não fumem, não comam comida de procedência duvidosa e não tatuem o nome do namorado (ou da namorada) na nuca! Complementando: sejam felizes, é isso que importa. =]

Até a próxima!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Conto - parte 2

Parece que a inspiração pra escrever essa história veio pra ficar... Vim trazer mais uma parte da história. Só isso.


"
- Boa tarde, Mellis! Está um belo dia hoje, não? - disse o doutor. Doutor porque se diferenciava dos enfermeiros: além da camisa branca, usava um jaleco branco, e os doutores conversavam com ele. Pareciam querer dele respostas que ele não tinha, como se ele soubesse de algo muito importante.
A vontade que Mellis tinha era correr, passar pelo doutor e pelo enfermeiro que o acompanhava e sair. Simplesmente sair, para qualquer lugar longe dali. Ele tinha algumas lembranças de uma casa, onde ele possuía uma bicicleta, e a imagem de (sua mãe?) uma mulher com longos cabelos negros e um frequente sorriso no rosto. (Qual era mesmo a cor da bicicleta? Um dia ele soubera, e, assim como todas lembranças de antes da mansão, estava esquecendo de tudo pouco a pouco.)
Mas ele sabia que não adiantaria tentar correr. Haviam mais enfermeiros no final do corredor e nas escadas. Nos primeiros dias na mansão ele conseguiu escapar do doutor e do enfermeiro em seu quarto e chegar ao corredor. Correu em direção às escadas porém antes que pudesse alcançá-las mãos fortes o seguraram por trás, levantando-o do chão, ao mesmo tempo que via outro enfermeiro chegando ao segundo andar, pronto para impedir qualquer passagem por ali.
- Boa tarde - respondeu.
- Como está se sentindo hoje?
- Bem.
- Muito bom! Vamos fazer alguns testes? - dizendo isso, abriu a maleta que trazia consigo, retirando de lá uma folha de papel em branco, um lápis e fazendo um sinal com a cabeça, o enfermeiro se adiantou e ligou dois eletrodos em suas têmporas.
'Como se eu tivesse alguma escolha', pensou Mellis. 'Tomara que acabe logo'.

"

Por hoje é só.
Quem sabe, amanhã mais uma parte.
Talvez, só durante a próxima semana.
Não fiquem mal acostumados :P

Abraços, um ótimo final de semana e até a próxima!

Conto - parte 1

Pois é, duvido muito que alguém tenha lido aquele texto que eu recomendei sobre a brancura de uma página em branco, mas como ontem eu disse "até amanhã", tive que voltar hoje.

Aí me perguntam: "Mas pra quê, se tu não tem nada pra dizer?" E eu respondo: "Ahá, malandro! Tenho coisas pra dizer, Sim!" Bateu uma inspiração e comecei a escrever o conto de 10 páginas. Espero conseguir escrever as outras 9.


"
Olhando para fora da janela ele via o céu azul, de um tom mais claro que a sua camiseta, e as árvores ao longe, circundando a área da mansão. Mesmo que quisesse, não poderia sair de seu quarto. Segundo suas contas, seria amanhã o dia do passeio no pátio. Duas vezes por semana, geralmente depois do dia em que o almoço era composto de vegetais, alguém vestido de branco - Mellis se recusava a chamá-los de "enfermeiros" - vinha buscá-lo e o acompanhava numa caminhada pelo pátio da mansão. O gramado sempre estava bem aparado, bem como os arbustos, mantidos numa altura de 60cm. Numa de suas caminhadas anteriores, perguntara à moça de branco se poderia caminhar perto dos muros. Ela se limitou a olhar para ele, mantendo sempre aquele sorriso falso no rosto e sua mão na dela.
Ele, então, tomou a iniciativa e foi caminhando para o extremo do pátio. Naquele lado, a grama estava coberta de folhas secas, caídas das árvores do lado de fora, e o muro parecia bem mais alto do que visto da mansão. Devia ter quase cinco metros de altura, de um branco desbotado pelo tempo.
Bateram à porta do quarto, indicando que alguém ia entrar.
"


Além disso, encontrei um texto legal que traduzi, complementei e agora compartilho com vocês:

Religiões do Mundo

Taoísmo: Merdas acontecem.
Hinduísmo: A merda já aconteceu.
Islamismo: Se der merda, faça um refém.
Budismo: Quando acontece merda, é realmente merda?
Adventista do Sétimo Dia: Merdas acontecem aos sábados.
Protestantismo: Merda não acontecerá se você trabalhar duro.
Catolicismo: Se acontece merda, eu mereci.
Testemunhas de Jeová: Toc, toc, "merda acontece".
Judaísmo: Porque a merda sempre acontece comigo?
Hare Krishna: Merda acontece Rama Rama!
Ateísmo: Não existe merda.
Evangelistas da TV: Mandem mais merda!
Pastafarianismo: Vamos fumar essa merda!
Igreja Universal do Reino de Deus: LIBERTA NOS DESSA MERDA, Ó PAI!

Adaptado de "this isn't happiness".


Por hoje é só!
Obrigado pela visita. De verdade, agradeço por ainda ter gente que se presta pra ler o que eu escrevo, mesmo eu ficando um bom tempo sem escrever nada. Se quiser, deixe um comentário.
Abraços pra todos e até a próxima!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Novembro

Novembro, um mês como abril, junho, e setembro.
Ou então como outubro, dezembro, janeiro e fevereiro, pelo menos no hemisfério sul.

Um mês igual a qualquer outro, ou diferente de qualquer outro, por ser o penúltimo mês do ano (já vejo enfeites de Natal aparecendo pela cidade).

Ahh, isso nem importa. Era só uma maneira besta de começar a escrever e vencer o bloqueio de uma página em branco. Se você não sabe o que é isso, eu aconselho a leitura desse texto aqui.

Bom, esse post aqui é só pra quebrar o gelo, porque eu não tenho nada de interessante pra postar, não escrevi nenhuma história nova ainda, e como não é do meu feitio postar aqui coisas que eu vejo em outros blogs (a não ser em casos excepcionais), por enquanto não tenho mais nada pra dizer.

Só deixo registrado que vou começar a escrever mais uma grande história com a pretensão de que ela tenha mais de 10 páginas. Algo como um conto.

(Quem sabe quais as ligações com novembro descritas nas duas primeiras frases?)

E, no melhor estilo William Bonner: Boa noite e até amanhã!

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

What's The News? 35

Boa noite pessoas! Pra variar um pouco, vim postar depois de um longo tempo sem escrever nada. Lembrando uns posts antigos, dessa vez não tem história, e sim relatos de acontecimentos que presenciei/participei durante os últimos dias.


Fui pra casa dia 30/10, no sábado, após a aula de Banco de Dados I. Fui de carona até Ijuí; de lá, peguei ônibus para Três de Maio; em Três de Maio, meu pai veio me buscar, já que a família estava em Boa Vista do Buricá. No domingo, exerci meu papel como cidadão e votei, e depois voltamos para Tuparendi.

Segunda-feira, yeah! Passar a manhã e a tarde limpando toda casa... De tardezinha, academia, e de noite, janta na casa do Cícero (best carreteiro ever!). Terça, feriado, não lembro o que fiz (acho que foi na terça que passei a tarde olhando Ghost In The Shell em casa). Quarta-feira, yeah! Cortar a grama de casa... Depois, vôlei no campo de areia do Clube Caiçara (ou Piscina. Embora a "piscina" mesmo esteja vazia e a temporada não tenha iniciado, o resto do clube está disponível). Quinta, tarde: tererê na praça; depois, vôlei 1x1 com o Cícero na Piscina. Sexta, academia mais cedo, janta no Lions Club, pôquer + PlayStation2 na casa do Léo Schneider. Sábado, o Dinei foi pra Santa Rosa fazer o Enem, e eu, o pai, a mãe, a Evelin e o Diego fomos pra Santa Rosa fazer compras. Voltamos, fui jogar vôlei na casa do Cícero, e assistimos o show do Grêmio sobre o Ceará, com direito a gol do parente \o/

Domingo 07/10, dia de arrumar as malas, se preparar física e emocionalmente para regressar para Alegrete. E não consegui contrariar a Lei de Murphy. Alguma coisa sempre fica pra trás: esqueci meu pendrive. 18hs, a mãe me levou até a rodoviária de Tuparendi. Ida até Santa Rosa em pé, num ônibus lotado... Maravilha ¬¬ 30 minutos para 12km de distância. Depois, esperar mais meia-hora até a saída do ônibus pra Alegrete. Até aí, nada de mais. A conversa começou depois de Giruá. Uma conversa entre Ana Laura (de Giruá) e Werner (de Cândido Godói), e eu ajudei com algumas participações especiais. Os dois, estudantes de cursinho almejando vagas nos cursos de Biologia e Medicina, respectivamente. Ouvi histórias de metade dos professores de Santa Maria, histórias de fusca e de capotagens. Até a substituição na conversa. Perto de Cruz Alta, sai Werner e entra Elder, americano, um entre 5 presentes no ônibus dos missionários da Igreja dos Santos de Jesus Cristo dos Últimos Dias, mais conhecidos como "mórmons".
O cara chegou perguntando se um de nós falava inglês. A Ana resmungou um "mais ou menos" e embalou na conversa speaking in english. Eu e o Werner, tirados pra escanteio, apenas ouvíamos, entendendo algumas palavras e frases. Eu entendi que o Elder é do Kansas, tem saudade da família, só tem permissão de ligar pros pais 3x ao ano, não teve escolha de vir pro Brasil, eles ficam no máximo 2 anos em outro país, e ele é jogador de futebol.
Bem, em Santa Maria tudo tranquilizou, eles foram embora, metade do ônibus esvaziou, viajei dormindo o resto da viagem.



E era isso. Essa semana, migrei do Windows XP para o Ubuntu. Gostei. E aconselho a quem quiser um sistema operacional rápido, bonito, prático, totalmente personalizável e rápido. Encerrando, meu dedo está bom (o qual eu havia removido a unha) e aguardo uma oportunidade de voltar às quadras, aos campos, ao futebol.
Pretendo escrever uma história em breve, mas não posso garantir.

Abraços pra todos, tudo de bom e até a próxima!

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Opiniões

"
- E aí, cara!
- Opa! Como vai?
- Bem, vamos levando...
- Tranquilo.
- Sabe, eu estava pensando num ditado popular... "Diga-me com quem andas e direi quem tu és." Tu concorda com isso?
- Eu não. Não acho certo julgar alguém pelas companhias.
- Pois é. Eu iria perguntar pra pessoa com quem ela anda, mas por prazer, e não por conveniência. Tem muito disso hoje em dia.
- Ah, é mesmo. Mas mudando de assunto, e o Gre-Nal ontem? Deixamos escapar por pouco...
- Maldito D'Alessandro... Eu sonhei essa noite.
- Com o D'Alessandro??
- Não, óbvio que não.
- Tá, então conta!
- Um guri tava na rótula do Butecão do Morais, dizendo que trocava alguma coisa importante, não lembro o quê, por um CD das Chiquititas. Eu disse que tinha e que trocava com ele. No meio da rua, tinha uma velha caída e o ônibus tava vindo. Ajudei ela a levantar e caminhei amparando ela até a calçada. O ônibus não parou ali, só uns 30 metros adiante. Abanei um tchau pra velhinha e fui correndo pegar o ônibus. Entrei com ele já em movimento, e na parte do meio do ônibus não tinha chão. Tive que passar pra parte da frente me pendurando nas barras de se segurar. Depois, na hora de descer do ônibus, eu usava uma peruca morena, camiseta, short e saia, todos rosa-pink. Então, assim disfarçado de mulher, cheguei até um prédio em construção e ordenei a invasão de outros espiões à casa da frente. De repente, eu estava vestido normalmente, deitado no chão da construção, e várias outras pessoas estavam por lá, como se fosse uma praça, tomando mate. E apareceu uma criança pequena, tipo uns 2~3 anos de idade, e quando ela ia cair na minha frente eu segurei ela e fiquei brincando com ela. E eu queria que a irmã dela fosse a minha namorada.

"

Fim de história. Loucura, não?

Notícias:
1. As aulas da Unipampa estão legais. Quase divertidas.
2. Eu não canso de falar que o livro "O Mundo Assombrado Pelos Demônios - A Ciência Vista Como Uma Vela no Escuro" é ótimo. Sem querer fazer nenhuma propaganda pro Submarino (até porque eu não ganho nada com isso), mas a leitura desse livro deveria ser obrigatória em todas escolas.
3. Vou pra casa pra votar no segundo turno das eleições. E vou aproveitar o feriado pra ficar mais uns dias em casa, já que não terei aula no resto da semana.
4. Churrasco no apê do Yusef/Pásqua/Chapa tava massa! "Super Juicer Walita Machine Foreman Rotator! E para 100 primeiros que ligarem..." Huashuashuashuas!! Muita risada!!! Valeu, galera!
5. Assisti Arakawa Under The Bridge. Se quiser dar risadas, aconselho.
6. Voltei à academia.


EDIT - 26/10, 01:10hs: Feliz Aniversário, Dinei! \o/

Por hoje é só. Boa noite a todos e uma ótima semana!
Abraços e até a próxima!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Incomum


"
Robert: "Porque estou fazendo isso? Queria mesmo era estar em casa, dormindo, e não aqui, nesse maldito emprego de guarda de trânsito, balançando essas malditas plaquinhas... Se aqueles bastardos responsáveis pelo semáforo tivessem efetuado a manutenção direito, eu estaria no escritório, conferindo relatórios com ar-condicionado e água gelada."

Andrew: "Querida, eu estou indo pra casa! Eu sei que estou atrasado para o almoço... Não é culpa minha se os semáforos da cidade pararam de funcionar e o guarda só deixa os outros carros passarem... Sim, eu sei... Tudo bem, vou pegar na volta... Esse mês não vai dar... A gente continua conversando logo mais, o guarda liberou essa via, vou desligar, beijo... Também te amo."

Nora: "Aqui está seu pedido, senhor! - Ele disse sim, ele disse sim! O que irei vestir? O vestido preto, ou um jeans e uma camiseta básica? - [Nora! Mais duas entregas: este na mesa 1, e este na mesa 9!] Estou indo! - Bill é tão lindo, mal posso esperar pela sessão de cinema na quinta! - Aqui está seu pedido, senhor! [Eu não pedi isso!] Opa, é este aqui, desculpe-me..."

Mitch: "Correto! Estou na Broadway com a John St., em breve chegarei ao escritório, peça que o sr. McGonagall aguarde, ele é um cliente importante para nós! Qualquer caso que ele tenha necessidade de um advogado, diga-lhe que forneceremos os melhores! Até mais."

Além disso tudo, havia mais uma pessoa na cena.
Nenhum dos envolvidos - Robert, Andrew, Nora ou Mitch - conhecia essa pessoa, que caiu do céu para o meio da história. Na verdade, ele não caiu, e não foi do céu. Ele se jogou, do terraço do prédio.

Os paramédicos foram chamados, assim como a polícia, mas ninguém pôde fazer nada e nada foi descoberto. Sem documentos, roupas sem etiqueta, a face fora completamente desfigurada com a queda do 8º andar. Havia sangue por todo lado, formando poças pelo chão, fragmentos de ossos e órgãos internos espalhados pelo asfalto.

O que há em comum entre os envolvidos, além de terem presenciado um suicídio ao vivo e à cores (com predominância do vermelho)? Depois do fato, todos procuraram auxílio psicológico para superar o trauma.
"

Conheça a esquina da Broadway com a John St.

EDIT - 13/10, 23:48hs: História terminada mas fica a dúvida: quem é que "limpou" a sujeira? Um departamento especial da polícia? Os garis da limpeza pública? Não sei como é que funciona em Nova York.


Uma história não-terminada, pra não dizer que não postei nada. Algo vai acontecer nessa esquina, onde todos os personagens estão. Robert bem ao centro, controlando o trânsito; Andrew dentro do seu carro, pensando em ir para casa; Nora trabalhando no restaurante da esquina e Mitch atravessando a rua.

O que vai acontecer? Não descobri ainda.



Grande vitória do Grêmio ontem, 4 a 0 sobre o Prudente. Grêmio ganhando, Inter perdendo, estamos a 2 pontos dos colorados. Quase, quase...
Nos pés, estou com 10 dedos e 9 unhas. Arranquei fora a unha encravada. Não identifiquei pelo tom de voz se o médico estava brincando ou falando sério quando disse: "Futebol só no ano que vem"... Torço pela primeira opção.
Provavelmente voltarei para Alegrete na terça-feira.
Trabalhos e provas chegando.

Um ótimo final de semana para todos, aproveitem o feriado e tudo de bom!
Abraços e até a próxima!

domingo, 3 de outubro de 2010

Sem título

Mais votado do país, Tiririca não consegue bater recorde de Enéas

1.348.036 votos com 99,62% da apuração concluída.

Desanima, sabe?
Me vêm à cabeça 3 coisas:
1. Muita gente não leu isso aqui;
2. Pare o mundo que eu quero descer;
3. BRASILEIRO TEM MESMO QUE SE FODER PRA APRENDER. COMO É QUE ELEGEM DEPUTADO FEDERAL UM CARA ANALFABETO? (E não me desculpo pelo palavrão).

Pode até parecer que eu estou fazendo campanha contra o Tiririca, mas não é exatamente isso. É mais um sentimento de indignação com o povão, aqueles merdas que fazem do Brasil essa porcaria que é, esses que votaram no Tiririca e que certamente não inclui ninguém que lê esse blog.

O mundo está seguindo adiante. Os sinais estão aí.
Do you see too?


Notícias: Vim para casa sexta. Estou de volta para Tuparendi depois de passar o final de semana em Boa Vista do Buricá. Divertido, com a família, jogando futebol e tudo mais.
Pretendo postar no blog mais uma vez antes da próxima sexta.
Uma ótima semana e tudo de bom!
Boa noite.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

What's The News? 34

Existia um rei chamado Arthur, uma princesa chamada Gwenhwyfar (também conhecida como Guinevere), um cavaleiro chamado Lancelot, entre outros personagens.
Houve também um hobbit chamado Frodo, seu amigo e escudeiro Sam, um mago chamado Gandalf, além do anão Gimli, o elfo Legolas e o humano Aragorn, mas essa história quase todos conhecem.
Em outro lugar, Harry viveu grandes aventuras e escapou da morte por um triz diversas vezes, sempre na companhia de seus inseparáveis amigos bruxos Rony e Hermione.
Poderia citar o conde Vlad Dracula, Jonathan Harker, sua noiva Mina, o professor Abraham Van Helsing, sem contar o Dr. Seward, Lorde Holmwood, Quincey Morris e Lucy Westenra, que passaram por alguns apuros em cemitérios e lidaram com estacas de madeira e alho.
Ainda em outros tempos, Roland, Jake, Eddie e Susannah são pistoleiros. E matam muitos. Enfim, quem está a serviço do Rei Rubro não merece viver, a Torre Negra deve ser salva, "o branco sobre o vermelho, assim deseja o Gan para sempre". Essa é a verdade.

Houveram também o professor e seu sobrinho que viajaram ao centro da Terra; o maior mafioso de todos, Don Corleone; Eragon, o último cavaleiro de dragões; Xisto, e suas aventuras como cavaleiro e mais tarde como astronauta; um alquimista de nome desconhecido que soube ouvir seu coração; o office-boy Léo, sua namorada Ângela, e o primo de Léo, Gino; Robert Langdon, o professor de simbologia que salvou o Vaticano e descobriu mistérios nas obras de Da Vinci; os irmãos encrenca, Marco, Eloís e Isabel; o melhor agente do Serviço Secreto Britânico, conhecido pelo código 007: Bond, James Bond; o famoso detetive Holmes e seu companheiro Dr. Watson...

É injusto escrever isso? É.
Deixei de citar muita gente importante, legal ou especial pra mim, e só citei aqueles que conheci pessoalmente.

Melhores ou piores? Quem, quais? Não saberia dizer... Uma definição que se aplique a todos? Diferentes. Cada um com suas qualidades.

Tantas coisas boas... E aí, o cara chega no mercado, e as revistas do topo da prateleira são o quê? "Tititi", "Blábláblá", "Fuxico"... ("Saiba o que acontece na sua novela preferida"). Onde ficam Superinteressante, História, Galileu, aquelas que trazem cultura, que ensinam algo? Na prateleira bem de baixo, geralmente atrás das revistas que ensinam a fazer bolos em 10 minutos ou perder 30 kg em uma semana... ¬¬

E na televisão: propaganda eleitoral, onde os candidatos, um após o outro, tentam (e geralmente conseguem) ganhar o seu voto, de maneiras cada vez mais ridículas. O pior de tudo, é ver o povão dizendo: "Vou votar nele pra protestar!" Pasafraseando Tiago Sackis: "Votar no Tiririca como protesto seria protestar contra o quê? Teu próprio intelecto?"

Escolha bem seus candidatos e valorize seu voto.
Uma boa opção - é o que eu faço, pelo menos - é anotar o nome desses que estão fazendo propagandas e distribuindo santinhos nas ruas. Abro o site do TSE, e vejo o grau de instrução da pessoa, para ver se ela tem condições de representar os eleitores para o cargo que deseja. Eu dispenso sumariamente qualquer canditato que tenha como grau de escolaridade "Lê e escreve" ¬¬ E não são poucos... (Só pra citar os mais conhecidos: Maguila, Tiririca, Mulher Pêra...) E mesmo analisando a fundo, não vejo um candidato que mereça receber os mais de R$ 12 mil reais de salário, fora benefícios e diárias...


Foi um post de semi-desabafo, sim.
Mas o blog é meu, eu digo o que eu quiser =P

E anuncio mais um blog parceiro, Filosofando, da Fernanda, que sabe se descrever de uma maneira singular como poucas pessoas hoje em dia. Fica o convite para uma visita ao blog dela.

Para encerrar, resultado da enquete: "Qual deve ser o tema da próxima história?" - 1 pessoa votou.
"Escola" - 1.
As alternativas "Aviões", "Mais pessoas assustadas", "Algo futurístico", "Algo legal que aconteceu no passado" e "Alguma história que tenha acontecido comigo" não tiveram votos.
Pois bem. A próxima história vai se passar numa escola.
E logo logo tem mais um capítulo da história Double Double!


E tenho dito.
Passar bem!
See you later!

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Senseless

Como eu havia dito, vim trazer mais uma história.
Uma história sem pé nem cabeça.
Se quiserem entender bem o final, sugiro que leiam isto aqui primeiro.


"Hoje foi especial. Encontrei algo que me libertou. Escapei de uma situação conflituosa e constrangedora. Alfred foi quem me ajudou, me dizendo que Cristeen estava saindo às escondidas com Robert. Fiquei abismado quando soube que ela não voltaria mais, me deixando com o coração partido. Porém, ela ao menos levou consigo a carta que escrevi a ela, me deixando a BMW. Minha mãe disse: 'Já vai tarde, aquela vaca! Ela nunca te amou!' Estou feliz pois agora estou livre para contar a verdade a todos: 'Annie está grávida, e eu sei quem foi o responsável, pois sábado passado ficamos bêbados e ela foi embora com o filho do prefeito Harris, aquele playboyzinho de merda! Chantagem é crime, por isso já sei muito bem o que vou fazer: terei de matá-lo. Mas vou fazer isso rapidamente. Assim que ele sair de sua mansão, eu saio do meu Chevette e convido-o para uma bebida, por minha conta. Vou envenená-lo com o cianureto que Cristeen deixou para trás antes de fugir. Alfred concordou que isso era necessário, e disse que vai me ajudar a envenenar esse maldito e esconder o corpo. Se ao menos eu tivesse tomado conta de minha mãe, ela não precisaria fazer um aborto agora. Mas esse filho que ela está esperando não é culpa minha. Não sabia que tinha uma mãe tão liberal e safada assim, a ponto de beijar outra mulher depois de 8 ou 9 doses de absinto. E pelo jeito, isso foi o mínimo que ela fez naquela noite, já que agora espera um filho de seu primo. Bem, de qualquer modo, quando tudo isso acabar vou pegar minha BMW e meu violão, e seguir a Rota Interestadual 66 até Miami. Essa época do ano é propícia para a pesca de salmões, e quem sabe eu leve comigo meu material de pesca. Talvez eu até pegue um bronzeado. A única coisa que sei no momento é que preciso parar com as dorgas, manolo!
RIARIARIARIARIARIARIARIARIARIARIARIARIARIARIARIA!"


Texto escrito por: Dimas Henrique Rockenbach e Luiza Bagesteiro.

Boa sexta-feira e um ótimo final de semana!
Até a próxima!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Uma noite legal

Um dia de atraso, mas a história está aqui.
Dennis, Anthony, Helen, muitas cervejas e uma banda que tocava rock.


"Enquanto isso, no outro lado da cidade, Anthony vislumbrou de relance Helen, na pista de dança, enquanto Dennis observava os passos de cada um. Anthony havia encontrado Helen no dia anterior, depois de vários anos sem se ver. Eram antigos amantes, e Anthony nutria a esperança de "uma vez mais". Ele havia visto ela no final da festa que ocorrera um dia antes, e após os cumprimentos, Helen disse que estava indo embora, e perguntou se Anthony viria ao mesmo lugar no dia seguinte. Anthony confirmou, pois Dennis já tinha os ingressos para os quatro dias de festa. Trocaram telefones, e após um breve beijo de despedida, se afastaram.
Anthony se dirigiu para o lugar onde Dennis estava, sentado junto à uma mesa, ao lado da pista de dança. Dennis perguntou:
- E aí?
Anthony respondeu, meneando a cabeça:
- Vou lá buscar umas cervejas!
E a conversa ficou por isso mesmo, Dennis não quis insistir.
No outro dia, mesmo lugar, mesma festa, músicas diferentes.
Depois de dar umas voltas pelo local, Dennis buscou umas cervejas para ele e Anthony. No caminho entre o balcão e a mesa onde estavam, encontrou dois velhos amigos dos tempos de escola, Raphael e Paul. Conversaram um pouco, e ele voltou até Anthony, que disse logo:
- Acabei de ver a Helen!
- Onde? - indagou Dennis.
- Passou com duas amigas naquela direção - e apontou para o aglomerado de gente no meio da pista. - Ela pediu para mim ligar hoje - disse Anthony, enquanto pegava o celular do bolso e discava o número de Helen. E caiu na caixa de mensagens, o celular estava desligado.
Dennis propôs:
- Vamos dar umas voltas por aí! Daqui a pouco tu encontra ela.
Anthony concordou. Eles se aproximaram do palco, onde a banda cantava a altas vozes e embalava a plateia num ritmo dançante. E Anthony a viu! Helen estava a alguns metros de distância. Deu dois passos na direção dela, e se virou para dizer a Dennis:
- Eu vi ela, está ali perto do palco; vou lá, nos falamos depois!
E ao se virar, ele teve a certeza de que ela o viu. Ele virou o copo de cerveja que segurava, e se preparava para ir na direção dela, quando ela se afastou abruptamente, deixando as duas amigas ali. Anthony não entendeu. Olhou para Dennis, perguntando:
- Cara, você viu isso?
- Vi, sim. Mulheres... Vai entender!
Então, Dennis e Anthony passaram o resto da noite ali, cantando todas as músicas junto com a banda, até o show acabar.
E foram embora para casa, pelo caminho que descobriram ser 210 passos mais curto.
"


Votem na enquete!
Bom feriado, e tudo de bom!

Até a próxima!

sábado, 4 de setembro de 2010

What's The News? 33

Ainda não terminou o censo! Muita gente pra contar, muitos questionários a aplicar... E o maior problema: muitas casas fechadas, ou seja, muitas casas a voltar em outros horários, até encontrar alguém em casa.
E aulas. Programação Orientada à Objetos, Projeto e Análise de Algoritmos, Cálculo II, Banco de Dados I, Arquitetura e Organização de Computadores. Se você não entende nem metade do que significam esses nomes, não se apavore. Metade dos alunos também não sabem.

Chuveu em Alegrete de segunda até sexta de manhã, que como sabem, se transformou em BArregrete. Sexta-feira, logo após o meio-dia, viagem de Alegrete para Santa Rosa, de carona com o Jackson Ditz. E de Santa Rosa para Tuparedi.

Estou cansado e com sono. O barulho de chuva aumenta ainda mais a ânsia por uma cama e um travesseiro macio. Para completar, estou em casa e amanhã hoje é sábado. E a inspiração escolheu essa ótima hora pra aparecer, 3:18hs da madrugada.
Porém, como faz um bom tempo que não escrevo nada decente pra postar aqui, não quis desperdiçar a oportunidade.

Eu já falei sobre política, sobre aquecimento global, geralmente faço meus comentários sobre futebol, e comentei algumas vezes sobre amor/relacionamentos.
Escrevi histórias sobre piratas, ninjas, samurais, garotos assustados, monstros, pessoas que dormem com a televisão ligada, homens estranhos e uma dupla dinâmica que não eram Batman & Robin. E agora?

Aproveitando a inspiração, escrevi mais uma história, que vai ficar guardada pra depois. Agora eu quero que vocês digam sobre o que eu devo escrever, participando da enquete. Se tiver uma ideia diferente e quiser compartilhar ela, entre em contato, mande um e-mail, deixe um comentário ou um recado no orkut.
Agradeço pela participação daqueles que já me enviaram seus palpites para novas histórias. Garanto que vou analisar cuidadosamente cada situação e tentar aproveitar o máximo possível.

Mais histórias em breve, e por "breve" entenda-se antes de segunda-feira.

Boa noite, tudo de bom e até amanhã!

terça-feira, 24 de agosto de 2010

What's The News? 32

Eu pretendia atualizar o blog hoje.
Mas com uma história nova, e não só esse texto.

Não deu certo. Amanhã, talvez.


Tipos de Capitalismo

CAPITALISMO IDEAL:
Você tem duas vacas.
Vende uma e compra um touro.
Eles se multiplicam, e a economia cresce.
Você vende o rebanho e aposenta-se, rico!

CAPITALISMO AMERICANO:
Você tem duas vacas.
Vende uma e força a outra a produzir leite de quatro vacas.
Fica surpreso quando ela morre.

CAPITALISMO JAPONÊS:
Você tem duas vacas.
Redesenha-as para que tenham um décimo do tamanho de uma vaca normal e produzam 20 vezes mais leite.
Depois cria desenhinhos de vacas chamados Vaquimon e os vende para o mundo inteiro.

CAPITALISMO BRITÂNICO:
Você tem duas vacas.
As duas são loucas.

CAPITALISMO HOLANDÊS:
Você tem duas vacas.
Elas vivem juntas, não gostam de touros e tudo bem.

CAPITALISMO ALEMÃO:
Você tem duas vacas.
Elas produzem leite regularmente, segundo padrões de quantidade e horário previamente estabelecido, de forma precisa e lucrativa. Mas o que você queria mesmo era criar porcos.

CAPITALISMO RUSSO:
Você tem duas vacas.
Conta-as e vê que tem cinco.
Conta de novo e vê que tem 42.
Conta de novo e vê que tem 12 vacas.
Você para de contar e abre outra garrafa de vodka.

CAPITALISMO SUÍÇO:
Você tem 500 vacas, mas nenhuma é sua.
Você cobra para guardar a vaca dos outros.

CAPITALISMO ESPANHOL:
Você tem muito orgulho de ter duas vacas.

CAPITALISMO PORTUGUÊS:
Você tem duas vacas.
E reclama porque seu rebanho não cresce…

CAPITALISMO HINDU:
Você tem duas vacas.
Ai de quem tocar nelas.

CAPITALISMO ARGENTINO:
Você tem duas vacas.
Você se esforça para ensinar as vacas mugirem em inglês…
As vacas morrem.
Você entrega a carne delas para o churrasco de fim de ano do FMI.

CAPITALISMO BRASILEIRO:
Você tem duas vacas.
Uma delas é roubada.
O governo cria a CCPV - Contribuição Compulsória pela Posse de Vaca.
Um fiscal vem e te autua, porque embora você tenha recolhido corretamente a CCPV, o valor era pelo número de vacas presumidas (duas) e não pelo de vacas reais (uma).
A Receita Federal, por meio de dados também presumidos do seu consumo de leite, queijo, sapatos de couro, botões, presume que você tenha 200 vacas e para se livrar da encrenca, você dá a vaca restante para o fiscal deixar por isso mesmo...


Boa noite e até a próxima!

terça-feira, 17 de agosto de 2010

What's The News? 31

Boa noite, fiéis leitores (com o "fiéis" ali no meio, me senti como um pastor ou padre falando...). Fiéis ou não, agradeço por estarem aqui, lendo o que eu escrevo.

Quais são as novidades?
Depois de duas semanas de férias da Unipampa, mas trabalhando como recenseador, acabei indo pra casa no último dia das férias. Fui para Tuparendi na quinta, dia 12 e fiquei em casa ainda na sexta, no sábado fomos (eu, a mãe, o pai, e Evelin e o Diego - o Dinei tinha festa pra ir em Tuparendi e ficou em casa) para Boa Vista do Buricá, onde a Vó iria pagar uma janta em comemoração ao aniversário dela. Foi bom reencontrar a família, todos irmãos da minha mãe reunidos. =]
No domingo, vim embora até Santa Maria, de carona com minha tia Luciane, e peguei ônibus até Alegrete.
Segunda, reiniciaram as aulas, continuei o trabalho como recenseador, e joguei futebol novamente, depois de estar parado desde 21 de abril. Apesar do meu preparo físico lamentável (cansei depois de 40 minutos de jogo), o jogo foi bom.

Comentários esportivos:
■ Parece que o Grêmio vai se recuperar dessa má fase. Renato Portaluppi ajeitou o time, e estou na torcida pra que consigamos (ao menos) uma vaga na Sul-Americana do ano que vem.
■ O inter venceu o Chivas na primeira partida e falta pouco pra ser bicampeão da Libertadores. Caso isso se confirme, não terá conseguido nada mais do que IGUALAR os feitos que o Grêmio fez, há mais de dez anos atrás.
■ A Seleção Brasileira está com Mano Menezes no comando. Outro gaúcho, desta vez gremista. Venceu a primeira partida, contra os EUA por 2 a 0, e poderia ter feito 4 ou 5, contando as chances claras de gol que foram desperdiçadas.

Comentários gerais:
■ Não gosto de Justin Bieber, Restart, Cine, Fiuk (e Banda Hori), e toda essa legião de coloridos por aí. #prontofalei
■ Eleições chegando, candidatos piores do que se poderia esperar (o que pensar de um país onde o Tiririca concorre a Deputado Federal?? Deve ter pensado: "Se o Clodovil conseguiu, porquê não eu?") E se tem uma candidata que eu não vou votar, nem que me paguem, é uma tal de "Giovanna Vargas". Pode ser uma candidata com poucos recursos, mas então pra quê contratar um caminhão que além da poluição sonora com volumes ensurdecedores, causa uma poluição do ar como nenhum outro veículo já visto em Alegrete? Paga pra uma moto de som passar nas ruas então... Aconselho a visitarem o site do TSE, e confiram o grau de escolaridade, a declaração de bens e outras informações sobre os candidatos. Vote com consciência.

Como estou sem ideias para escrever novas histórias, gostaria de saber a opinião de vocês. Sugiram um tema, um ambiente, um personagem, qualquer coisa que quiserem, e eu vou escrever a história.
É isso, boa noite e tudo de bom!
Até a próxima!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Fast Update 5

Eu queria ter escrito antes, mas não tive tempo. Ou melhor, tive tempo, mas aproveitei ele de uma maneira melhor.

Deixo por aqui um trecho do ótimo livro que estou lendo (ainda), e recomendo a todos:

"Um extraterrestre, recém-chegado à Terra - examinando o que em geral apresentamos às nossas crianças na televisão, no rádio, no cinema, nos jornais, nas revistas, nas histórias em quadrinhos e em muitos livros - , poderia facilmente concluir que fazemos questão de lhes ensinar assassinatos, estupros, crueldades, superstições, credulidade e consumismo. Continuamos a seguir esse padrão e, pelas constantes repetições, muitas das crianças acabam aprendendo essas coisas. Que tipo de sociedade não poderíamos criar se, em vez disso, lhes incutíssemos a ciência e um sentimento de esperança?"
Carl Sagan, em "O Mundo Assombrado Pelos Demônios - A Ciência Vista Como Uma Vela no Escuro".


Alguém discorda?

Por hoje é só.
Abraços e uma boa terça-feira!

domingo, 1 de agosto de 2010

Double Double - Parte 2

Boa noite.
Finalmente, férias.
Férias, sinônimo de descanso trabalho.
E eu não aguento mais ficar sem jogar futebol/futsal.

História... Isso mesmo, vou escrever mais agora, e aproveitar pra ler mais também.

(É tão bom o silêncio da casa vazia... O Átila não está assoviando ou gritando no quarto, o Raul não está ouvindo músicas regionalistas e o Lucas não está quieto no quarto. Posso conversar comigo em paz agora...)

Como eu já havia dito antes, essa história é escrita em parceria com a Vanessa, autora do blog A Caixa Laranja. Com vocês a parte dois de Double Double:

"
Uma ponta de brilho se via chegando na porta, uma brisa com perfume de mulher. Era Diana, com um sobretudo bege empunhando seu cigarro, o levava volta e meia aos lábios vermelhos, e depois ajeitava os cabelos longos e negros. Atravessou o salão, no alto de seus sapatos de salto vermelhos que estalavam no chão de mármore, parou em frente a Don Levito e atirou-se em seus braços.
- Oh Mercedes, eu sabia que viria - exclamou Don.
Diana censurou-o:
- Não fale isso em público, as pessoas podem nos ouvir!
- Eu não me importo, já está na hora de assumirmos! Porquê não revelar logo aos meninos que você está comigo? Podemos parar de fazer esse jogo duplo...
- Não! Precisamos nos manter afastados! Se eles desconfiarem de algo, ou mesmo se souberem que estamos juntos, fazendo eles de bobos, eles poderão se revoltar! E você sabe tanto quanto eu da força deles unidos...
- Está bem, venha logo, vamos para a suíte.
Nesse momento, Jack acordava num quarto escuro e frio, porém deitado numa cama macia.
Imediatamente revistou seus bolsos à procura do seu celular, mas ele havia sumido. Encontrou somente seu chaveiro com mil e uma utilidades que carregava sempre consigo, e embora estivesse morrendo de dor de cabeça e com o corpo mole, o chaveiro era tudo que ele precisava para fugir dali. Usou-o para iluminar o quarto com a lanterna embutida, procurando a janela mais próxima. Ela estava no canto direito do quarto, bem no alto. Selecionou a opção chave de fenda e desparafusou as dobradiças; com muita calma retirou as partes dela e pôde sair, pulando até o chão. Caiu na grama fofa, o ar da noite lhe fazia bem.
Lembrou-se de John, procurou no bolso secreto de sua jaqueta e por sorte estava lá: o localizador GPS para encontrar seu irmão. Ativando-o, percebeu que ele estava dentro da casa da qual escapara. Voltou, e da mesma forma que abriu a janela, fez com a porta, esgueirou-se pelos corredores e achou o quarto do John. Acordou o irmão e deram uma busca na casa. Estava completamente vazia. Jack disse:
- Vamos acabar logo com isso?
- Tudo bem - respondeu John.
Nisso, deram-se as mãos, e bradaram em uníssono:
- Super-Irmãos! ATIVAR!
E viu-se um feixe de luz azul brilhar no céu.
Diana acordou sobressaltada, assustando Don Levito, deitado ao seu lado na cama King Size da suíte do hotel. Ainda nua, levantou-se e caminhou até a janela.
- O que houve, Mercedes?
- Nada... Tive a impressão de que havia alguém parado do lado de fora da janela...
- Como poderia? Estamos no 8° andar! Venha para cá, deixe-me acalmá-la...
- Não quero, algo está me deixando inquieta. Será que está tudo bem com Jack e John?
- Claro que sim, mandei meus melhores homens para guardar a casa. Nem uma mosca seria capaz de nos alcançar aqui...
Então a vidraça se quebra e uma águia entra voando velozmente, furando os olhos de Don Levito com suas garras afiadas, enquanto Diana grita histericamente por socorro.
"


Fim da parte 2.
Querem mais? Não importa, vou continuar escrevendo mesmo assim.
Uma brincadeira aqui: aquele que acertar quem escreveu cada parte do texto, poderá definir um tema para a minha próxima história. Caso alguém - duvido muito disso - decida participar e poste um comentário falando sobre isso, quero ver acertar... (E olhe que não está difícil).

Boa semana para todos!
Tudo de bom e até a próxima!

domingo, 25 de julho de 2010

What's The News? 30

Boa noite, pessoal! Tudo tranquilo? Tirando o time do Grêmio, sim...
Não editei o post passado com as novidades, então digo agora.
Depois de uns tempos sem atualizar, uma semana movimentada: de segunda a sexta treinamento para Recenseador do IBGE, das 8hs ao meio-dia, e das 13:30hs às 17:30hs.
Sábado pela manhã, a prova para definir a classificação para a escolha das regiões de Alegrete para trabalhar. O resultado sai amanhã.

Essa semana, uma semana de provas na faculdade... Última semana de aulas do semestre, depois, férias.
E, como eu já disse no twitter, férias, só da faculdade, ficarei em Alegrete trabalhando para o Censo 2010.

Pra encerrar, nada de títulos, só história:

"
Frio, muito frio.
Era isso que o garoto Richard sentiu naquele momento. Mesmo deitado em sua cama, com o pijama do Mickey e embaixo das cobertas, sentiu um frio daqueles de gelar os ossos. E com o frio, veio o medo.
Ouviu passos no corredor, e abriram a porta do seu quarto. Com os olhos arregalados e em silêncio ele viu o vulto estender o braço pra dentro do quarto até alcançar o interruptor de luz na parede e ligá-lo.
- Tudo bem, filho? - perguntou Martin.
- PAPAI! - e nisso, pulou da cama para os braços carinhosos de seu pai.
- Hei, acalme-se campeão, está tudo bem. Porquê você está tremendo?
- Eu estava com medo, papai.
- Medo de quê?
"Não vou falar que papai parecia um monstro", pensou Richard.
- Não sei, só estava com medo...
- Bom, pode ficar tranquilo, papai está aqui.
O garoto aninhou-se nos braços do pai, adormecendo logo.
No quarto ao lado, Martin e Susan dormiam profundamente.
Então, o monstro foi embora, levando o pequeno Richard consigo.
"


Obrigado pela visita, deixem um comentário, abraços e até a próxima!

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Double Double

Boa noite galera? Como estão? Bem, eu espero. Vim trazer uma nova história pra vocês: "Double Double". Essa é só a primeira de muitas partes, uma história especial escrita em parceria com a Vanessa, autora do blog A Caixa Laranja. Espero que gostem das loucas aventuras de Jack e John!

Sem mais delongas, vamos ao que interessa:

"
Jack saiu correndo daquele quarto. Seria bom se afastar bastante daquele lado da cidade, antes que alguma camareira encontrasse o corpo do negociador, e a polícia fosse chamada. Desceu para o metrô do outro lado da rua, e, já com um blusão amarelo, entrou no primeiro metrô que parou na estação, depois de jogar o sobretudo azul escuro que estivera usando e a arma na lixeira do banheiro. Pegou o celular do bolso e entrou em contato com seu parceiro, avisando que o trabalho estava feito, podiam continuar com o serviço sem problemas.
Enquanto descia numa parada aleatória sentiu que estava sendo seguido. Tremeu. Era a primeira vez dentre todos os serviços que fez que se sentia assim. Ligou novamente pra John, e quando ouviu o alô do outro lado da linha, sentiu um baque nas costas. Desmaiou. John ficou extremamente irritado com a brincadeira de Jack, afundou as mãos na jaqueta de camurça marrom, e seguiu descendo a rua Baltazar. Passou por alguns carros, ajeitou o cabelo agachando-se em frente ao vidro de um carro, conferiu o estado da calça jeans escura, all star, tudo ok. Entrou no bar e a viu.
John caminhou até a mesa do canto e exclamou: "Mãe! O que você faz por aqui?!" Diana levantou a cabeça lentamente e pediu silêncio com um gesto. Observando com atenção, John viu que havia alguém deitado com a cabeça no colo de Diana, parcialmente encoberto pela mesa e difícil de ser notada pela penumbra do local. Era Jack.
- O que você fez com ele?
- Shhh, fale baixo. Eu não fiz nada, apenas fiquei com saudade e mandei meu guarda-costas ir buscá-lo pra mim. E eu sabia que você iria aparecer, mais cedo ou mais tarde.
"Ela poderá estragar todo o plano se eu não fizer algo", pensou John.
- Estamos no meio de uma importante negociação, mãe! Precisamos ir embora agora, e o Jack vai comigo!
- Sinto muito, Johnny querido, mas você também não vai sair daqui.
Nisso as portas do bar se abrem revelando os dois guarda-costas de Diana, que se postaram em frente à porta impedindo qualquer saída por ali.
John se volta lentamente para Diana com um sorriso malicioso no rosto. Imediatamente tira do bolso um controle remoto e com ele aciona o botão de sua motocicleta, que entra quebrando a porta do bar e derrubando os guarda-costas. Do outro bolso tira uma arma e aponta para Diana e para todos do bar. Fica vagando pelo cômodo com ar doentio, até que enfim a aponta para sua própria cabeça e diz:
- Mãe, agora é sério, deixe eu e o Jack irmos logo, ou você nunca mais me verá.
- Johnny, você não me deixa escolha.
Nesse momento um dos homens de Diana que havia se levantado num pulo acerta John com uma cadeira nas costas. Ela tira uma seringa de uma maleta preta, escolhe um dos frascos, passa o líquido amarelado pra seringa, aplica em John. E coloca os dois em camisas de força, e ordena que os levem para a casa do interior.
No outro lado da cidade, na frente do hotel, alguns homens a mando de Don Levito coletam informações, e constatam que os dois definitivamente estão encrencados.

"

Por enquanto é isso!
Depois eu edito esse post com as novidades das últimas semanas.
Até mais!

sábado, 3 de julho de 2010

Fast Update 4

Um post inteiro só pra trazer e mostrar um vídeo simplesmente GENIAL, de James Randi.
Sua apresentação no TED (TED é um acrônimo para Technology, Entertainment, Design, um evento sem fins lucrativos que ocorre desde 1984, promovendo duas conferências ao ano, com o propósito "Ideas Worth Spreading" - algo como "Vale a pena espalhar ideias") é imperdível desde o início, onde ele ingere uma overdose de pílulas homeopáticas... e adivinhem: sem efeito nenhum!

Clique em "View Subtitles" e então escolha "Portuguese (Brazil)" para as legendas. São 17 minutos que valerão muito a pena.


Fonte: Sedentário & Hiperativo, por Kentaro Mori.

Um ótimo final de semana pra todos, forte abraço e até a próxima!

quinta-feira, 1 de julho de 2010

O homem estranho

"

História baseada em relatos recolhidos pela polícia de Mount Hill, Maryland, EUA, sobre fenômenos incomuns ocorridos entre 18 e 19 de junho de 1999, relacionados à um indivíduo não-identificado e desaparecido até o momento.

Do depoimento de Elmer Dupont, 48 anos, taxista, 22 de junho de 1999, 13:31hs:

"Ele entrou no táxi e antes que eu perguntasse o endereço, porque tem gente que esquece disso, tem uns que entram e esperam que a gente adivinhe pra onde querem ir, então, ele disse logo 'Hotel Crinchton' e só. Parecia que não era pessoa de falar muito, e na minha opinião, se eu tivesse uma voz daquelas, também não ia gostar de falar muito, parecia que ele sofria a cada letra que falava. O que aconteceu de estranho? Na hora do almoço desci do carro e vi que estava com pneus novos. Eu não quis acreditar, verificara eles naquela manhã antes de sair de casa e percebi que estavam carecas, precisando trocar. Quando fui olhar de perto vi que eram os mesmos pneus que eu havia colocado há 5 meses atrás, mas estavam novos em folha! E se precisar eu posso mostrar a nota fiscal deles pra provar, porquê eles são meus, e policiais ou não, eu preciso dirigir pra garantir meu sustento, então sugiro que liberem meu carro, e com meus pneus nele."

Do depoimento do dr. Bean Armstrong, 39 anos, 23 de junho de 1999, 14:43hs:

"O paciente do quarto 68 tinha, no máximo, mais 2 semanas de vida. Havia sido diagnosticado um câncer de pulmão em estado avançado, e não havia nada que pudéssemos fazer, ele estava fraco demais para ser submetido a uma cirurgia. Estava declarado como indigente, não possuía um endereço fixo e dizia dormir na rua, ou em abrigos da prefeitura, quando conseguia vagas. Segundo ele mesmo contou, fumava desde os 17 anos, quando fugira de casa. É de se espantar que tivesse chegado aos 72 anos, e se não fosse morrer pelo câncer de pulmão, qualquer outra coisa poderia matá-lo, tal era seu estado de saúde."

Do depoimento de Ernest McMillen, 44 anos, dono do bar da esquina 23, 22 de junho de 1999, 16:05hs:

"Eram pouco mais de quatro horas da tarde, não havia nenhum outro freguês no bar, então eu pude reparar bem nele. Alto, magro, cabelos escuros, e apesar de aparentar uns 65 anos, no mínimo, se movia como se tivesse 20. Eu gosto de conhecer os meus clientes, por isso puxei um papo, perguntei de onde ele era, o que fazia na cidade. Ele não foi rude, apenas disse que não queria conversar. E que voz estranha! Eu nunca tinha ouvido nada assim, era como aquelas vozes de monstros dos filmes que a gente vê na tv. Pediu um Chivas Regal com gelo, e tomou de um gole só. Se ele não queria conversar, tudo certo, eu não iria enxer o saco do velho, o cliente sempre tem razão. Pediu uma segunda dose, e ficou encarando o copo por uns 5 minutos antes de tomar. Pagou com uma nota de cem, fez um sinal como se não quisesse troco e foi embora sem olhar pra trás. Pensei 'hoje é meu dia de sorte!' e ao me virar pra caixa registradora vi que todas as garrafas do bar estavam cheias. Não poderia ter sido nenhuma brincadeira do Clark - um garoto da redondeza que me ajuda a guardar as bebidas no depósito, - porque ele não viera aquela semana. A princípio achei que fosse água, e fui provar. Era bom demais para ser verdade! Eram os melhores vinhos, as melhores vodkas e os melhores whiskies que eu já havia provado na minha vida, e espero que me devolvam tudo, porque se estiver faltando um pingo das minhas bebidas, nós vamos resolver isso com o Juiz, estamos entendidos?"

Do depoimento de Anne Morgan, 35 anos, recepcionista do Hotel Crinchton, 23 de junho de 1999, 19:56hs:

"Cheguei ao Crinchton às 7 horas, como todo dia, e assumi a recepção junto com a Clarice (Clarice Fletcher, recepcionista do Hotel Crinchton) na troca do turno da noite, às 8 horas. A movimentação estava baixa, normal para um sábado, eu diria que haviam uns 10 ou 20 hóspedes no Hotel naquele momento. Quem atendeu ele foi a Clarice, eu estava ao telefone com a Sra. Martin (Martin Fletcher, aposentada, residente no Hotel), do quarto 145, que perguntava porque o café da manhã que ela pedira ainda não havia chegado. A única coisa que eu reparei foi a voz estranha, como se estivesse com a garganta inflamada ou coisa assim. Não vi quando ele se afastou, e demorei a perceber que a Clarice estava parada, sem fazer nada. Quando chamei por ela, ela não respondeu, olhei direito e vi aqueles olhos brancos! Encostei a mão nela e ela caiu no chão. Ela estava gelada. Aí gritei pra chamarem uma ambulância, ela precisava ser levada pro hospital. E sinto não poder auxiliar mais, espero que a Clarice se recupere logo. E posso ir embora agora? Minhas crianças sem dúvida estão com fome em casa!"

Do depoimento de Michael Bonera, 27 anos, pintor autônomo, 22 de junho de 1999, 14:30hs:

"Foi conversando com a Sarah (Sarah Prout, jornalista) que eu tive a ideia de pintar o parque Hutchinson. Como choveu na quarta e na quinta só pude ir ao parque na sexta. E que fique esclarecido, meu estilo de pintura não é nenhuma arte moderna, aquelas manchas e listras e formas sem sentido - odeio essa gente falsa que se diz 'artista' e pinta tanto quanto um gorila -, e tenho uma técnica especial que desenvolvi. Como tenho memória fotográfica, fico observando o local por 1 ou 2 minutos, e depois passo pro quadro o máximo que eu lembro, fazendo conferências quando não lembro de um ou outro detalhe. Eu fiquei observando o parque, e comecei a pintar. Algum tempo depois, quando fui conferir os carros que estavam estacionados, vi ele sentado no banco mas não dei muita atenção, ele não iria aparecer no quadro mesmo, meu objetivo era o parque. Depois de uns 10 minutos, olhei pro lado onde ele estava, pra ver os bancos, e ele estava sorrindo e olhando pra mim. Até agora eu me arrepio só de lembrar. Eu desviei o olhar e me escondi por um instante atrás do quadro. Quando olhei novamente, ele havia desaparecido, e naquele instante começou a chover. Eu mal tive tempo de cobrir o quadro e recolher minhas tintas e pincéis. Quando cheguei em casa, fui notar que o banco onde ele estava ficava bem no meio da praça. Ele não tinha como ter desaparecido assim de repente. Achei estranho, mas pensei comigo mesmo 'deve ser um cara daqueles programas de pegadinhas da tv, com truques e tudo mais' e tratei de esquecer o assunto."

Do depoimento de John Berthold, 46 anos, morador de rua, 25 de junho de 1999, 11:30hs:

"Eu não sei nada sobre o velho, ele só apertou a minha mão! [Caso colabore conosco, receberá almoço e alojamento no abrigo da prefeitura por um mês.] É sério isso? Eu quero ver escrito no papel e assinado! [Aqui está.] Olha, eu não sei ler, mas vou acreditar em vocês! Eu não sei o nome dele, ele apareceu naquela semana pelas ruas, mas o pessoal falava que por onde ele passava, deixava as coisas melhores, boas, sabe? Ninguém conversava com ele, diziam que ele tinha parte com o dem... er, com coisas do mal, sabe? Eu não sabia se era verdade ou não, e o melhor era ficar longe, eu preferia não descobrir mesmo... Mas quando ele apertou minha mão, e olhou no fundo dos meus olhos, eu percebi que era invenção tudo que falavam dele. É difícil explicar, eu me senti muito bem, como na época em que vivia junto com minha esposa e meus filhos, uma coisa boa assim por dentro, sabe? Paz! Isso, é essa a palavra! Paz, foi o que eu senti. Eu estava dormindo e quando acordei, ele estava do meu lado me olhando. Pensei em me afastar e ele estendeu a mão. Não sei porquê que eu apertei a mão dele, foi meio sem querer, sabe? Quando eu levantei pra guardar os meus pedaços de papelão, me dei conta que minhas roupas estavam novas e aí ele já tinha ido embora. E se tem uma coisa que eu posso dizer, é que ele é uma boa pessoa."

Dos depoimentos de James Taylor, Charles Miler e Harry Calvert, 16 anos, estudantes, 22 de junho de 1999, 17:10hs:

"(Charles)Vocês não vão contar pro nossos pais sobre isso, né?
(James)Se meu pai descobre que eu estava matando aula, ele vai ficar uma fera comigo...
(Charles)Eu falo o que sei sobre aquele homem, se vocês prometerem que nenhum dos nossos pais vão ficar sabendo disso, okey?
[Tudo bem, está combinado.]
(Charles)Quem começa falando?
[Quem quiser, fiquem à vontade.]
(James)Deixa comigo, eu começo. A gente saiu do colégio na hora do recreio, as duas últimas aulas eram de Matemática e é difícil aguentar a Sra. Humboldt com aquela voz de taquara rachada. A gente foi até o Johnny Bar e comprou uma Coca, e sentamos na calçada pra tomar.
(Charles)E aquele pão-duro do Johnny não quis nos dar 3 copos, disse pra tomarmos todos num só...
(James)Quando a gente tava quase acabando de tomar foi que ele chegou. E perguntou pro Charles porquê a gente tava fora da aula.
(Charles)Não foi pra mim, foi pro Harry!
(Harry)A voz dele era diferente. Uma voz rouca, estranha...
[Harry, quais foram as palavras dele?]
(Harry)Ele falou como se me conhecesse. Ele disse: 'Hey, garoto, vocês três deveriam estar aprendendo agora, não?' Eu me senti como se estivesse cometendo um crime...
(Charles)E eu te falei que era besteira. Quem é que nunca matou aula?
(James)A verdade é que eu também me senti culpado, até ele continuar falando...
(Charles)Isso daí ele falou pra mim! Eu juro que ele leu meus pensamentos! Eu tava pensando onde a gente ia usar as merdas que ensinam pra gente no colégio e o cara sorriu pra mim e falou: 'Não se preocupem, o que vocês aprendem lá, não ajuda muito aqui.'
(James)Estranha foi a frase que ele falou na hora de ir embora... Tu lembra, Charles?
(Charles)Eu não... Tava tentando entender como ele sabia o que eu tava pensando...
(Harry)Foi assim: 'Longos dias e belas noites, jovens-sai, eu digo a verdade e você diz obrigado, ah diz sim!'. E ainda: 'Fazia muito tempo que eu não dizia essas palavras pra ninguém, mas vocês merecem.' E depois ele foi embora.
(James)Isso mesmo, 'longos dias e belas noites'... Enquanto ele falava, eu me senti bem, como acordar depois de passar um dia dormindo...
(Charles)Eu não lembrava disso que ele disse, mas me senti bem... Lembrei de quando meu pai me levava pra pescar com ele...
[Vocês viram pra que lado ele foi?]
(James)Não, uma hora ele tava na minha frente, e depois tinha sumido.
(Charles)Eu te disse que ele se escondeu atrás do carro...
(Harry)Eu olhei atrás do carro, ele não tava lá. Ele só... se foi."

Do depoimento de Clarice Fletcher, 39 anos, 30 de junho de 1999, 10:30hs:

"Comecei meu turno junto com a Anne às 8 horas da manhã, e o movimento estava normal, eu estava organizando umas cartas e não vi ele se aproximar do balcão da recepção. Quando me dei conta, ele estava ali. Pedi desculpas, e perguntei no que poderia ajudá-lo. Ele só disse 'Oi, Clarice' e olhou pra mim... E os olhos dele... Vocês vão achar que eu estou louca, mas eu tive a impressão de que ele era muito, muito mais velho do que parecia. Os olhos dele eram profundos, foi como se eu estivesse olhando pro céu à noite, num lugar afastado, e só havia uma estrela lá. Eu não sei por quanto tempo eu fiquei olhando praquela estrela, digo, pros olhos dele. Aquilo fez eu me sentir bem, me sentir tranquila, como se não houvessem mais problemas, nem bandidos, nem ladrões... Quando me dei por conta, estava deitada no chão, e a Anne gritava, chamando um médico, pedindo que ligassem para alguma ambulância. Eu estava me sentindo bem, não via motivo de todo aquele alarde. Ela me ajudou a levantar e me levou até o banheiro pra lavar o rosto... E foi aí que eu vi meus olhos. Estavam brancos! Aí eu desmaiei, e só acordei aqui no hospital. Levantei da cama e fui correndo ao banheiro para ver meus olhos no espelho, e estão normais, castanhos, como sempre foram, mas o dr. Armstrong disse que eu devo ficar mais uns dias sob observação."

Do depoimento de Louise Affleck, enfermeira, 28 anos, 23 de junho de 1999, 15:38hs:

"Fui eu que o liberei, sim. Mais tarde, quando o dr. Armstrong me mostrou os exames eu não quis acreditar que fora detectado um câncer ou qualquer coisa nele. Eu voltava da ala da maternidade, e ele estava em pé na porta do quarto observando o corredor. Quando me aproximei, ele disse: 'Enfermeira, eu me sinto bem, gostaria de ir pra embora.' Ora, estamos no verão, ninguém gosta de ficar em um hospital quando poderia estar em casa, ou passeando no parque. Quando perguntei-lhe porquê havia sido internado, ele só soube dizer: 'Vim pra cá porque tinha doença.' Analisei-o e ele estava com a saúde perfeita, e nisso posso apostar meu diploma. Nenhum sintoma de nada, muito menos câncer. Pedi se ele sabia quem era o médico responsável, ele falou 'Armstrong'. Eu sei bem como o dr. Armstrong vive reclamando do excesso de trabalho e pensei 'vou aliviá-lo dessa carga!'. Preenchi os papéis para a liberação, e pedi que ele assinasse embaixo. Ele saiu pela porta da frente e não o vi mais."


Do [Relatório Final] elaborado pelos investigadores:

"1. O homem referido nos depoimentos é alto, magro, foi visto com a barba bem feita, cabelos negros escuros, curtos, e não carregava nada consigo. Sua identidade não foi identificada.
2. O líquido contido nas garrafas de Ernest McMillen é o mais puro possível, dentre cada categoria. A análise química dos elementos confirmou que o vinho passou por, no mínimo, 150 anos de envelhecimento, e o mesmo pode se dizer do whisky. Foram recolhidas amostras de cada garrafa.
3. Os três alunos tiveram seus pais notificados pela fuga do colégio, e foram liberados após o depoimento.
4. Segundo o dr. Armstrong, a enfermeira Louise Affleck é digna de confiança, e se ela preencheu os papéis de liberação é porque o paciente estava bem.
5. As roupas de John Berthold foram observadas e não há nada que indique um tempo de uso maior do que 12 horas [A ordem de reserva de alojamento por 1 mês no abrigo de Lumbermill, foi encaminhado ao supervisor do abrigo].
6. Os pneus de Elmer Dupont foram conferidos e o número de série confere com as notas fiscais apresentadas, registrando a compra dos pneus no dia 4 de janeiro de 1999. O perito garante que aqueles pneus não rodaram nem três quilômetros para chegar na Delegacia.
7. A jornalista Sarah Prout confirmou por telefone que Michael Bonera não consome drogas e é um amigo de infância, sendo, portanto, seu depoimento, digno de confiança.
8. O histórico médico de Clarice Fletcher não aponta nenhum distúrbio mental ou psicológico e os testes feitos nela e em Anne Morgam indicam normalidade.
9. Está sendo investigada a hipótese de que o paciente (tratado doravante como [P]) liberado pela enfermeira Affleck e o homem causador desses estranhos eventos (tratado doravante como [H]) sejam a mesma pessoa, mas não há nenhuma prova nesse sentido.

Ordem cronológica dos fatos, em horários aproximados:
dia 11, 9:35hs - [P] pede a liberação do hospital.
dia 18, 7:10hs - John Berthold aperta a mão de [H].
           8:30hs - [H] entra no táxi de Elmer Dupont, pedindo para ir ao Hotel Crinchton.
           8:40hs - [H] chega ao Hotel, e encontra Clarice Fletcher.
dia 19, 15:00hs - Michael Bonera vê [H] no parque Hutchinson.
           16:00hs - [H] entra e bebe no bar de Ernest McMillen.
           16:20hs - [H] encontra James Taylor, Charles Miler e Harry Calvert na rua de trás do Colégio Green Star.

"

EDIT - 02/07, 03:15hs:
O mais complicado é escrever esse prefácio. A história flui com naturalidade, mas são essas poucas palavras iniciais que tornam tudo difícil. Porquê é lendo isso que o leitor vai (ou não) ficar motivado a continuar lendo. E como eu já havia feito a introdução para esse texto que - eu espero - vocês acabaram de ler no post anterior, deixei essas poucas palavras para o fim.
Por enquanto, não sei se essa história tem continuação, ela terminou assim, com o mistério no ar. É esperar pra ver.
Espero trazer ainda essa semana a primeira parte de Double Double, [Narrador da Sessão da Tarde Mode=ON] uma história divertida em que dois amigos vão aprontar altas confusões e viver grandes aventuras [Narrador da Sessão da Tarde Mode=OFF] e que promete muitos capítulos. Mais detalhes em breve.

Antes de ir embora, queria deixar um agradecimento público ao Stefan, mais conhecido como Teté, futuro Doutor, que me disse que sempre visita o blog e deixa comentários e eu nunca agradeci. Falha minha, estou me redimindo agora: Obrigado pelas visitas e comentários! =]
E deixem um comentário falando se gostaram da história. Ou deixe um comentário falando se está uma porcaria.

Boa noite, tudo de bom e até mais!

quarta-feira, 30 de junho de 2010

Histórias

Oi. Em Alegrete, tempo frio e chuvoso no momento. Ainda não vim trazer uma nova história, mas vim avisar que ela chega amanhã.

Depois de umas leituras que fiz, me deu vontade de escrever uma história grande, e não ficar postando ela em partes. Tem o lado bom e o lado ruim. O lado bom é que vocês leitores não precisam ficar esperando pra ver como a história continua, nem ficar relendo a parte anterior pra lembrar da história, no momento em que forem ler uma parte nova. O lado ruim é que eu sei que tem gente que vai olhar pra história e abandonar ela sem dar ao menos uma chance, só por causa do tamanho. Peço que não façam isso. Ou então, não deixem de voltar outra hora, com mais paciência pra ler a história inteira. Garanto que vale a pena.

Deixo com vocês uma prévia do que está por vir: O homem estranho

"
História baseada em relatos recolhidos pela polícia de Mount Hill, Maryland, EUA, sobre fenômenos incomuns ocorridos entre 18 e 19 de junho de 1999, relacionados à um indivíduo não-identificado e desaparecido até o momento.


Do depoimento de Elmer Dupont, 48 anos, taxista, 22 de junho de 1999, 13:31hs:

"Ele entrou no táxi e antes que eu perguntasse o endereço, porque tem gente que esquece disso, tem uns que entram e esperam que a gente adivinhe pra onde querem ir, então, ele disse logo "Hotel Crinchton" e só. Parecia que não era pessoa de falar muito, e na minha opinião, se eu tivesse uma voz daquelas, também não ia gostar de falar muito, parecia que ele sofria... CONTINUA

"

Depois dessa história, já tenho outra (a do assassino que comentei anteriormente) em andamento (Double Double vem aí!) e algumas ideias para o blog. Se der certo, trago a outra história na sequência.

Um ótimo resto de semana para todos!
Abraços e até mais!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

What's The News? 29

Eaí pessoal! Tudo tranquilo?
Um post de atualização direto de Santa Maria! Aproveitando que teria que viajar de volta pra Alegrete, e que amanhã terá show da Vera Loca por aqui, vim hoje e sigo domingo pros lados da campanha.


Por enquanto, ainda não tenho nenhuma história, só um texto que fiz enquanto ficava 3 horas esperando pra ser atendido no hospital de Tuparendi. Começou com as palavras aleatórias, e depois adicionei uma descrição pra cada uma.

"
Tênis (da mulher sentada na cadeira, cinza, Olympikus) calça (minha, jeans, azul) madeira (parquês do chão, marrons)
parede (atrás de mim, pintado com) tinta (na parede, cor azul-piscina) couro (na minha carteira, preta)
ladrilhos (vermelhos) gol (jogo do celular da criança) shhh (mãe da criança falando pra criança)
relógio antigo (no pulso de um senhor visitante) céu (azul, lá fora, pela janela)
palmeira (lá fora, pela janela[2]) lixo (ali no canto).

Eu vejo e ouço tudo ao meu redor.

Eu queria te ver e te ouvir.

"

E é isso, mais novidades em breve!
Obrigado a todos que comentaram! =] É pra vocês que eu escrevo!
Abraços e até a próxima!

sexta-feira, 18 de junho de 2010

What's The News? 28

Boa noite pessoas!!! =]
Tudo tranquilo? Espero que sim.

Como vocês puderam notar, o blog está com uma cara nova: mudou o tema, o estilo, as cores, a posição dos elementos, a imagem principal. E na minha opinião, ficou melhor assim. Estive pensando em inventar algumas colunas para o blog. Eu acabo postando mais, e vocês acabam tendo mais coisas pra ler. Embora isso exija um bom tempo, quem sabe eu faça isso mesmo.

Amanhã Hoje vou me embora pra Tuparendi. Semana que vem, haverá a Semana Acadêmica aqui na Unipampa-Alegrete, mas infelizmente não poderei participar, porque estarei em Tuparendi. Simples assim.

Eu fiquei de postar mais histórias caso houvessem comentários... Pois é, agradeço o comentário do Rafael Parizi (confiram o blog dele, JParizi++, está na seção de Blogs Parceiros), mas infelizmente não tenho histórias pra postar ainda. Só sei que vai ser sobre um assassino profissional, que recebe dinheiro pra matar os outros. Não descobri o nome dele, nem quem ele vai matar, nem se ele vai conseguir matar. Está tão confuso que é capaz de eu acabar escrevendo outra história antes dessa aí tomar forma.

E por enquanto é só.
Eu teria mais coisas pra falar, mas vou deixar pra dizer nas novas colunas que irei estrear em breve - eu espero.

Bom final de semana!
Tudo de bom e até a próxima!

sexta-feira, 11 de junho de 2010

Mais história - Parte 4

Tudo bem, galera!?
Depois de um longo tempo sem atualizar, de volta à ativa! Como esse blog não é meu ganha-pão, foi deixado de lado quando meu tempo foi mais requisitado pra outras coisas, só isso.
Não que agora eu tenha tempo sobrando, apenas me organizei melhor e pretendo continuar escrevendo, no mínimo um post por semana.

EDIT - 12/05, 11:01hs: Gostaria de agradecer pelas mais de 3 mil visitas alcançadas no blog! Isso só se deve pela presença de vocês, leitores, que apesar de não comentarem, pelo menos estão aí. Muito Obrigado!
EDIT - 14/05, 15:09hs: Espero trazer algumas novidades no visual do blog em breve. Done! Blog com visual renovado! Deixe um comentário com sua opinião, ficou melhor, está mais bonito, ou ficou pior, antes estava mais legal... Mais histórias em breve!

Todo mundo só fala em Copa do Mundo.
Só pra variar, eu não vou falar nisso. Aposto que todos devem estar de saco cheio de ver Copa aqui, Brasil ali, Globo & Cia por todo lado, então aqueles que estiverem cansados de Copa do Mundo, podem vir aqui no blog ler sobre outras coisas não ligadas à World Cup 2010.
Apesar de tudo, minha opinião é de que o Brasil vai ser campeão, sim.

Pra compensar o tempo sem postagens - e também porquê fui cobrado no MSN pra escrever e postar logo - trago o fim das duas histórias que estavam pendentes, e espero trazer uma nova história pra vocês em breve.
(E sobre essa nova história, gostaria de sugestões. Escolham um assunto, inventem um tema, deixem um comentário, digam qualquer coisa. Só sai história se alguém comentar, nem que esse comentário seja um "oi" anônimo :P)

Mais história - Final: Confira aqui a Parte 1, Parte 2 e a Parte 3.

"

Uma voz feminina gritava:
- Jorge! Levanta já daí!
Abriu os olhos e olhou ao redor, esperando ouvir os brados da torcida, os guardas lhe segurando, mas não estava mais no estádio de beisebol e aquele ambiente parecia vagamente familiar: os quadros na parede da sala, o sofá bordô desbotado, o tapete macio onde estava caído. Sentia uma dor-de-cabeça dos infernos e um gosto de cabo de guarda-chuva na boca. Tentou ver quem falava com ele, mas caiu novamente.
- Não acredito nisso! É a segunda vez esse mês!
(... Verônica era o nome dela, estava começando a lembrar)
- Só porque tu não ganhou aquela promoção, enche a cara, volta pra casa caindo de bêbado, e dorme sentado no controle remoto! Vai logo tomar um banho antes de vomitar no tapete de lã de ovelha!!
E lembrou de tudo.
Vergonha.

"

Abraços pra todos e até a próxima!