sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Feliz Ano Velho

É, mais um ano chega ao fim, um novo ano se aproxima. Retrospectivas começam a surgir por toda parte lembrando de tudo que aconteceu em 2010, e eu não vou repetir a mesma ladainha de que "...foi um ano bom, aconteceram muitas coisas boas, mas também foi um ano ruim, muitas pessoas morreram..." e blá.

Sempre é a mesma coisa, e o que muda? Muito pouco. 2011 está aí, e daí? Amanhã vai ser um dia como qualquer outro.

2010 foi um ano bom, um ano maravilhoso. Diversos acontecimentos me fizeram feliz, e é isso que eu vou lembrar desse ano: as coisas boas que aconteceram. Houveram acontecimentos tristes, sim, mas esses eu prefiro não lembrar. Esquecer.

Eu disse que voltaria aqui antes do Natal, mas não voltei.
Deixei de fazer algumas coisas que gostaria de ter feito e isso anda acontecendo com muita frequência pro meu gosto. Vou tentar mudar isso.

Quero mudar para melhor. Fazer a minha parte. As frases dizem que para mudar o mundo, devemos começar por nós mesmos. É isso que pretendo fazer, e deixo registrado aqui.

Já imagino como vai ser a virada de ano pra mim: família reunida na casa da Vó em Boa Vista do Buricá, sem champagne, com churrasco, com alegria e muitos sorrisos - sem graça nenhuma. Ié, devemos dar graças e agradecer por ter saúde e ter uma família... O que me deixa assim, meio 'grilado' (não encontrei termo melhor pra descrever) é que nada se alterou do ano passado pra esse ano. E eu queria algo mais esse ano. Torço pra que ano que vem seja diferente - e pretendo agir pra isso.


Ok, mudando de assunto e falando de músicas!

Aerocirco é o nome da banda!
Eu estava à procura de novas músicas para ouvir, novas melodias e canções.
Descobri o blog Indie Rocker e encontrei músicas interessantes:
- Wild Human Child, por Egyptian Hip Hop
- White Knuckles, por OK Go
- The Fixer, por Pearl Jam
- Underage, por The Hidden Cameras
- The Good Old Days, por The Lodger
- Ghost Pressure, por Wolf Parade

e descobri duas ótimas bandas: The Drums e Aerocirco.

Sobre "The Drums", que ouvi e gostei, deixo o comentário do blog Indie Rocker:
The Drums é um quarteto nova iorquino cujo som enquadra-se perfeitamente no post-punk. A banda está ativa desde 2006, mas apenas esse ano, em setembro passado, lançou seu primeiro álbum, auto-intitulado. E que disco! Recomendo ouvi-lo todo, pois acho difícil eleger uma favorita. A banda mixou e masterizou o disco de forma a dá-lo um ar oitentista como o das bandas inglesas da cena Madchester (The Stone Roses, Happy Mondays, Inspiral Carpets, The Charlatans…). O resultado é fenomenal, há tempos não via material tão bom.
No blog, há link para ouvir/baixar três músicas deles.

E sobre Aerocirco eu vou usar algumas palavras do blog, e completar com a minha opinião:
A banda, considerada pela revista Rolling Stone uma veterana no circuito independente brasileiro, já conta com 5 discos (link para o Indie Rocker), dos quais conheço bem 2:
Aerocirco (2003)
O Som das Paredes (2005)
Liquidificador (2007)
Ao Vivo na Célula (2008)
Invisivelmente (2010).
Ouvi também o álbum de estreia e embora tenha ouvido pouco, não me agradou tanto quanto os outros dois, como se a banda tivesse evoluído com o tempo. É uma banda de rock formada em Florianópolis, embora atualmente resida em São Paulo. Como eles mesmos dizem:
"[...] Podemos dizer que temos orgulho do que fizemos – do ponto de maturidade que as canções atingiram, com arranjos que as elevam ao invés de complicar, dinâmicas que inserem emoção à interpretação e letras que podem fazer quem as ouve refetir, mas, acima de tudo, se divertir. Sim, porque para nós nada seria válido se quem está ouvindo a música – seja num show, em casa, no carro, no trabalho ou no iPod – não se sinta melhor, mais leve, menos angustiado e, sobretudo, mais feliz. Com certeza, essas músicas fizeram e fazem isso por nós. Esperamos que façam também por vocês."
No blog Indie Rocker há link para baixar a música "Faz de Conta", presente no álbum Invisivelmente. Todos os álbuns estão disponíveis para download no site deles, na seção de Downloads, após um breve cadastro.


EDIT - 31/12, 11:09hs: Esqueci de comentar sobre uma nova banda velha que descobri (valeu, Nido!): RPM. O som deles é muito bom, rock com letras marcantes. Se equipara na qualidade às outras bandas citadas logo adiante, pena que a época deles tenha passado. Aconselho o álbum Acústico MTV (2002) por inteiro.


Encerrando então: Vera Loca, Pública, Cartolas e Aerocirco. Esses são os nomes do rock nacional, presente e futuro, pra mim. E não aquela porcaria de restart, cine, fiuk e o caralho-a-quatro. Espero ter outras boas surpresas no campo musical em 2011 também. Alguma outra dica? Deixe um comentário. Ah, pretendo comprar um teclado e aprender a tocar... Dicas? Deixe um comentário.


Muito obrigado a você que lê.
Obrigado a você que visita com frequência pra ler o que eu escrevo, e obrigado pela visita, caso essa seja sua primeira vez por aqui. Peço desculpas se algo não agradar, mas não deixe de voltar outra hora.
A outra parte do Conto, fica pra outra hora.

Um bom final de ano pra todos, boas festas, boas férias, aproveitem suas vidas e superstição é besteira. (Vejam a partir de 1:04 do vídeo)
Huashuashuashuas, "delírio total"...

Feliz Natal atrasado, Feliz Ano-Novo e um forte abraço!
Até a próxima!

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Falando de Livros

Começando, vou falar sobre livros. Mais especificamente sobre a literatura brasileira.
Na verdade, vou me basear quase completamente sobre o post do Sedentário & Hiperativo sobre Literatura Popular Brasileira - ou como uma nova geração de escritores e leitores está revolucionando o mercado editorial.

Pra quem não leu, eu vou tentar 'resumir': o Raphael Draccon fala sobre como uma nova geração de escritores, leitores e blogueiros está mudando o mercado editorial para acabar com o pensamento errôneo que trata o livro como se fosse algo chato, lido por nerds e afins, e transformá-lo em algo prazeroso e popular.

Eu gostei do que ele escreveu e vou citar algumas partes:

"A coisa toda começou na escola.
É curioso que o local onde deveríamos aprender a gostar de ler seja o maior inimigo na formação de um leitor.
E os esforços para isso são altos: como se compartilhasse desse pensamento arcaico citado anteriormente, na escola os livros dados aos adolescentes não são livros de teor popular, que despertem naquele jovem o prazer e a paixão por mais daquilo.
O resultado são adolescentes lendo livros rebuscados, de linguagem arcaicas, que reproduzem dramas universais, mas em contextos tão fora da realidade deles, que a antipatia surge antes mesmo da chance.

...

O que assassina de vez qualquer [esperança da criação de novos leitores] é ... a cobrança de nota escolar. Uma das piores ideias que algum cidadão já teve foi a da chamada "prova de interpretação de texto". A parte da prova em que é preciso descobrir qual a interpretação daquele texto em questão que a pessoa que corrigirá a sua prova possui dele.
Agora, vamos imaginar um cenário diferente:
- Imagine um sistema escolar onde não exista prova nem notas para interpretações de textos ou história da literatura.
- Imagine uma aula em que a professora toda semana escolha um livro que os alunos quisessem de fato ler. Ou se não quisessem, que tivessem temas que ela soubesse que eles iriam gostar e ela própria contasse um pouco daquela história para lhes despertar curiosidade.
- E que na semana seguinte eles se sentassem em roda e começassem a debater, utilizando a professora como mediadora. Eles conversassem sobre os personagens, sobre determinadas atitudes, sobre o estilo da escrita, sobre o final. Mas sem obrigação de "certo" ou "errado". E sem a obrigação até mesmo de ter de dizer algo, se não fosse de sua vontade. Simplesmente com cada um tendo o seu direito a ponto de vista como nos comentários de um blog sem censura.
- E que acontecessem apresentações; montagens de trechos de cenas baseadas naqueles livros criadas e contadas por eles próprios.
- E que ao começar a rabiscar as próprias poesias e contos, eles se sentissem a vontade de ler para a própria turma e ver seu texto debatido depois.

Sabe o que eu veria de um futuro assim? Eu veria milhares de leitores sendo formados instantaneamente. Por prazer.
Eu vejo até mesmo alunos que diriam que nunca pegariam um livro, de repente querendo folheá-los em vez de buscar um search do resumo no Google, simplesmente para poderem participar do debate e não se sentirem deslocados.
Eu vejo aulas de literatura se tornando tão divertidas quanto as de educação sexual.
Eu vejo uma revolução cultural."


Ainda sobre o texto, essa revolução que ele cita se apóia em 3 pilares básicos:
1° - Os leitores - de uma nova geração, exigentes, que querem histórias bem escritas.
2° - Os blogs literários - onde essa nova geração cria suas próprias histórias, que acabam sendo compartilhadas e lidas por pessoas de quaisquer lugares (pilar esse no qual eu tenho o atrevimento de me inserir, com esse blog e as histórias que escrevo =] ).
3° - Os escritores. E para fazer essa geração atual ler foram preciso dois tipos de escritores: os que se adaptaram e os que vieram dela - da nova geração.

Era aqui que eu queria chegar. O fato de sempre preferirmos o que é estrangeiro, o que é de fora. Continuando:

"Aqui no Brasil, além daquela ideia de que jovem não lia, havia a de que ele rejeita a literatura nacional. Tomando como exemplo o caso do cinema. A rejeição não é à nacionalidade.
É ao padrão de qualidade a que ela se acostumou. E quando você dá a ela algo nacional com a mesma qualidade, ela se orgulha.
Ou alguém não adorou o estrago de um "Cidade de Deus" e um "Tropa de elite" por aí?
A literatura é o mesmo caso. Surgiram alguns escritores que já sabiam para quem escreviam e desprezavam a busca por reconhecimento intelectual da antiga elite, mas sim o reconhecimento do grande público para quem realmente lhes interessava ser lido.
E ao meterem o pé na porta, eles abrem caminho para diversos talentos que surgem todos os dias."

Termino esse post sobre livros citando dois autores. E da mesma maneira que ele disse, eu digo também: Esses caras sabem como escrever uma boa história.

Eduardo Spohr
Site: http://filosofianerd.blogspot.com/

Livro recomendado:
A Batalha do Apocalipse: Da Queda Dos Anjos ao Crepúsculo do Mundo
Um trecho do livro pode ser lido aqui, na página de pré-venda da Edição Especial.
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Raphael Draccon
Site: http://www.raphaeldraccon.com/

Um conto do autor: Dias Estranhos
Livros recomendados:
Dragões de Éter: Caçadores de Bruxas, volume 1
Dragões de Éter: Corações de Neve, volume 2
Dragões de Éter: Círculos de Chuva, volume 3
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E era isso. Não preciso nem dizer que qualquer um desses livros é um ÓTIMO presente de Natal. Ou ainda, não só de Natal, livros sempre são ótimos presentes em qualquer situação. Alô, Mãe! Já sabe agora... ;)

Você já leu algum desses livros? Já ouviu falar de algum desses autores, ou sabe de outro recomendado? Deixe seu comentário!
Em breve posto sobre músicas (adiantando um detalhe: a banda principal se chama Aerocirco).
Boa noite e até amanhã!

sábado, 18 de dezembro de 2010

Em breve

Tenho conteúdo pra mais 3 posts ainda essa semana - não até amanhã, mas para os próximos 7 dias. Falta tirar um tempo pra escrever.

Um sobre livros, outro sobre músicas, e mais uma parte do Conto.

Só me resta uma prova, Arquitetura e Organização de Computadores II, quarta, dia 22.
Depois, bye Hellegrete! (Cada vez mais parecido com Hell mesmo, com esse calor...)

Antes do Natal eu apareço aqui novamente...
Um ótimo final de semana!

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Livre

"Se podemos sonhar, também podemos tornar nossos sonhos realidade." Walt Disney

"


Era um grande campo, daqueles que dá vontade de sair correndo. De todos os lados não se via nada além do verde verdejante daqueles verdes campos. E o céu azul acima de sua cabeça. Começou a caminhar e subiu até o topo da colina mais próxima, sentindo se muito bem por estar num lugar tão belo.
Chegou no topo, e olhou ao redor e tudo continuava igual. Colinas e mais colinas, campos e mais campos, até a linha do horizonte. Tudo estava bem, não sentia fome nem sono naquele lugar. Era tranquilo, era bom, o ar era fresco, o céu era azul, enfim, estava perfeito.

Mas o que ela queria mesmo eram as montanhas.


(A história deveria terminar nesse ponto. Só pra explicar, caso a continuação não agrade: até esse ponto foi o que fiquei sabendo a princípio e pensei que era tudo. O resto eu fiquei sabendo mais tarde, e embora eu pudesse deixar sem escrever, decidi escrever tudo)

Então ela decidiu caminhar. Caminhar o quanto fosse preciso para chegar às montanhas.
E começou a caminhar. Não havia como saber se demorou ou não, pois não havia dia, não havia noite. Havia aquela mesma perfeição dos campos. Naquele lugar ela dava passos e mais passos em direção ao horizonte, sem parar. Depois de muitos passos naquela direção incerta, começou a notar uma certa diferença nos campos. As colinas eram cada vez mais escassas e a os campos tinham um tom levemente mais claro. E ela continuou caminhando, sempre feliz, contente, agradável.

Muitos passos além ela chegou.
Nas montanhas não. Na praia.


"

Uma pausa no Conto, que continuará a ser escrito nas férias.
Pra não deixar sem postar nada, uma outra história surgida num momento de muitas atividades. Reservei uma pequena parte do meu já curto tempo livre pra escrever e postar outra vez no blog.

Últimas semanas de aula, final de semestre, sabe como é... Os dias no calendário marcando Trabalho, trabalho, prova, trabalho, prova, trabalho, prova...

Como eu disse no twitter, estou pensando numa maneira de organizar minhas histórias. Coisa que irei fazer nas férias, facilitando o acesso a elas. Mais notícias em breve.
Como diria a Fernanda, do blog Filosofando: Não fumem, não comam comida de procedência duvidosa e não tatuem o nome do namorado (ou da namorada) na nuca! Complementando: sejam felizes, é isso que importa. =]

Até a próxima!